M A L D I T O ! ! !
sexta-feira, agosto 12, 2005
 
A pureza, ela existe, só temos que encontrá-la. Quem duvida de sua existência é mero tolo ou preguiçoso, desgostoso com a vida, que não ousa procurá-la.

De um filme comercial de Hollywood, ao sorriso de uma bela senhorita, ela está em todos os lugares.

Na película cinematográfica observa-se a busca por algo belo e simples, mas que na maior parte do tempo está oculta, imiscuida nesse mundo louco em que vivemos, onde o tempo dita o ritmo do coração ( e não o contrário), o ritmo da vida, o ritmo dos sentimentos. Onde crianças são obrigadas a ser adultas, e adultos se vêem na premente necessidade de viver a infância. Está tudo errado.

E é nessas horas que somos surpreendidos pela iniciativa heróica de um ator e sua vontade de demonstrar que os sonhos ainda existem. Que eles não podem ser esquecidos. Que devem ser relembrados e, acima de tudo, vividos. E qual não é o melhor canal para nos dar essa lição do que música e crianças. A pureza da música e a pureza da infância. Perfeito. Ainda há como sonhar, viver a pureza que ainda resta no mundo. Viver o rock and roll, levar ele no peito, arrancá-lo do peito e mostrá-lo a todos, visceral, vermelho e pulsante, escorrendo por entre os dedos e se espalhando pelo mundo. Puro.

Mais estarrecedor ainda é encontrar outra fonte de pureza em tão curto espaço de tempo. Um sorriso. Bem, eu poderia ser um Shakespeare ou um Dante ou sei lá quem, não adiantaria. Poderia falar italiano, alemão, francês ou latim. Não adiantaria. Não há palavras para descrever um sorriso, ainda mais o dela.

O queixo se projeta para frente, as bochechas se enchem vermelhas, como maçãs, os olhos contribuem com o brilho necessário, e os dentes, enfileirados, perfeitos e brancos me cumprimentam.

Obrigado. É como eu gostaria de agradecer, com um sorriso, mas nunca chegaria perto da beleza presenteada. Meu sorriso tímido não é nada se comparado ao que sinto. Então é melhor não falar mais nada.

Ainda há esperança.

O filme se chama "Escola do Rock" e a moça, só ela sabe.
 
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" - Por que tu choras, meu tesouro?
- Choro porque estou feliz."
 
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