A estrela mais brilhante, mais forte, mais quente se aproxima. Eu a encaro, mas por poucos instantes. Esse verdadeiro sol,é poderoso demais para mim. Eclipsia toda a alegria que um dia havia aqui dentro. Logo eu, que costumava viajar por tantos lugares, belos, coloridos, exóticos, inóspitos.
Viro o rosto ofuscado e vejo uma sombra projetada. Um negro-fosco, um ser fantasmagórico cobre um planeta próximo. Me encaram, me desafiam, ao impossível, ao inimaginável.
Estou cercado.
Obrigado, grande orbe, por mostrar o que restou. Nada restou. Não há desejo, não há vontade, não há vida.
O encontro está marcado. Me despeço do espectro. Talvez ele encontre um lugar, se esconda na sombra de alguma lua, desaparecendo.
A rota de colisão ao núcleo solar está traçada. Logo eu que só apareço a cada centena de anos vou desaparecer para sempre.Não há nada a temer. Não há mais nada a perder.
"O amor é como uma caixinha de música:
..."Lira dos 20 anos" - Manuel Antonio Alvares de Azevedo ...
..."Pergunte ao pó" - John Fante ...
..."O apanhador no campo de centeio" - J. D. Salinger ...
..."Baixo Astral" - Alberto Fuguet ...
..."Ok Computer" - Radiohead...
..."Hail to the thief" - Radiohead...
..."Absolution" - Muse...
...Edukators...
...Os Sonhadors...
...Código 46...